O trabalho que não deu certo? “Ai! Tô estressado.” Teve uma briguinha com o namorado? “Ai! Tô estressada.” Sua mãe te sufoca e te liga a cada 10 minutos? “Que estresse” Ultimamente, todos se dizem estressados por um motivo ou por outro, mas poucos sabem o que é estar estressado pra valer. E acho que é por isso, quando alguém se diz estressado de verdade, as pessoas não levam muito a sério, dizem que é frescura etc.
O estresse está ligado ao aparecimento de reações fisiológicas desencadeadas por diferentes tipos de situações que enfrentamos, traumáticas ou não, que exigem adaptações. Essas respostas, quando exageradas, podem levar a um desequilíbrio geral no organismo. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas em geral, o estresse causa: dores de cabeça, indigestão, dores musculares, insônia, taquicardia, alergias, insônia, queda de cabelo, mudança de apetite, gastrite, dermatoses, esgotamento físico, apatia, memória fraca, tiques nervosos, isolamento e introspecção, sentimentos de perseguição, desmotivação, autoritarismo, irritablilidade, emotividade acentuada, ansiedade, entre outras coisas.
Descobri que estava estressada há um bom tempo. Tinha vários desses sintomas da listinha, mas não sabia que era estresse, ou não os associava ao estresse. O término do meu relacionamento de um ano agravou o quadro. Foi como válvula de escape. Tudo veio à tona de repente. Coisas que me incomodavam um pouquinho, passaram a me incomodar muito mais. Uma potencialização de sentimentos assustadora.
No meu caso, eu fiquei desequilibrada, na essência da palavra. Parecia que o meu corpo tinha saído do eixo. Me sentia como se tivesse andando numa corda bamba após tomar umas 2 taças de vinho. Era uma tontura chata, que me deixava ainda mais nervosa, por me tornar inútil. Perdi uma semana inteira de aulas na faculdade e duas provas por não poder dirigir muito.
Não é a primeira vez que isso acontece comigo. Já tive um quadro agudo de estresse quando estava no meu outro emprego e os sintomas foram basicamente os mesmos. Suspeitaram de labirintite, me deram doses e doses de dramin na veia e nada adiantou. Fiz audiometria pra ver se meus ouvidos estavam normais. Tudo okay. Fiz também o otoneurológico, que detecta labirintite. Deu negativo. O engraçado que eu só melhorei quando comecei a tomar medicamento para labirintite...vai entender.
Dessa vez foi a mesma coisa. Não cheguei a repetir os exames, nem nada. A médica que me atendeu ficou meio confusa. Não sabia o que poderia estar causando aquela tontura e tal, até eu relatar o que aconteceu comigo da outra vez. Então ela me prescreveu Vertix de novo. E só assim pra tontura ir embora. Talvez tenha um efeito meio “emplastro”. A mente tem dessas coisas.
Pelo menos agora eu sei que não preciso lidar com isso sozinha. Logicamente que a ajuda tem um preço. Preço bem alto, pra falar a verdade, mas é um investimento que eu sei que vai dar resultado.
P.S.: O The Verve voltou e só eu que não sabia?!