
Tropa de Elite é um belo soco na boca do estômago. Fazia muito tempo que não saía tão estarrecida do cinema. Desde de Hotel Ruanda, acho. Quase chorei, sério. Tive até que sentar para digerir um pouco as coisas e tirar o nó da garganta.
Tecnicamente é muito bom. Melhor que Cidade de Deus, quem sabe. A câmera manual me deixa com um pouco de tontura, mas como filmar favela sem ser com uma manual? Sem falar que se qualquer tipo de suporte fosse usado, criaria uma sensação de “distanciamento”, acho. Os over voices do Capitão Nascimento também cansam um pouco, e, em certos momentos do filme, são desnecessários. Ah sim! E a atuação do Wagner Moura está fantástica.
Quanto ao roteiro, a película impressiona bastante, seja pela proximidade da história, seja pelo realismo com que ela foi retratada. Tá certo que eu já estou meio farta desse tema no cinema nacional. Sempre a favela, a pobreza etc. Acho que as produtoras e diretores brasileiros poderiam ampliar um pouco os horizontes nesse sentido, o que não quer dizer que a temática não deva ser abordada, até mesmo porque esse tipo filme levanta questões sobre as quais a maioria dificilmente pára para refletir.
Vale muito o ingresso. Assistir em casa com DVD de camelô não pode ser tão legal.
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