terça-feira, 23 de outubro de 2007

domingo, 21 de outubro de 2007

Love, love, love? What is that?

Algo que escrevi em inglês dia desses. Fazia uma cara que não escrevia em inglês, sabem?

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"Love is patient, love is kind. It does not envy, it does not boast, it is not proud. It is not rude, it is not self-seeking, it is not easily angered, it keeps no record of wrongs. Love does not delight in evil but rejoices with the truth. It always protects, always trusts, always hopes, always perseveres."

Unfortunately, I still haven't found anybody who knows what all this is about. Nowadays, it's too easy to say "I love you". People say this sentence so often that it has lost its meaning. It's just like saying "hello" or "goodbye". It has become an empty something, a frivolous caprice of people who want to impress and get a piece of “that”, if you know what I mean. Or maybe this kind of love I’ve been thinking of doesn’t really exist. Maybe only mothers know what true love is. Therefore, I believe one should say “I love the relationship I’ve been having with you” instead of saying “I love you”. ‘Cause truly loving somebody is a way too complicated.

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É engraçado como algumas pessoas, num relacionamento a dois, não têm coragem de dizer a verdade quando não gostam mais do seu(sua) companheiro(a). Estava discutindo isso com uma amiga na semana passada. Em vez de expor a verdade nua e crua rapidamente, ficam caçando pêlo em ovo e dando um monte de desculpas...até arranjar uma que seja pelo menos um pouco digna de um pé na bunda. Não sei o que é pior. Acho que ir direto ao ponto pode ser doloroso, mas talvez a superação seja mais fácil e menos demorada.

E pode esquecer que, depois de um fim traumático, o(a) seu(sua) ex não vai pagar a conta do analista pra você.

sábado, 13 de outubro de 2007

Um tapa na cara, um soco no estômago


Tropa de Elite é um belo soco na boca do estômago. Fazia muito tempo que não saía tão estarrecida do cinema. Desde de Hotel Ruanda, acho. Quase chorei, sério. Tive até que sentar para digerir um pouco as coisas e tirar o nó da garganta.

Tecnicamente é muito bom. Melhor que Cidade de Deus, quem sabe. A câmera manual me deixa com um pouco de tontura, mas como filmar favela sem ser com uma manual? Sem falar que se qualquer tipo de suporte fosse usado, criaria uma sensação de “distanciamento”, acho. Os over voices do Capitão Nascimento também cansam um pouco, e, em certos momentos do filme, são desnecessários. Ah sim! E a atuação do Wagner Moura está fantástica.

Quanto ao roteiro, a película impressiona bastante, seja pela proximidade da história, seja pelo realismo com que ela foi retratada. Tá certo que eu já estou meio farta desse tema no cinema nacional. Sempre a favela, a pobreza etc. Acho que as produtoras e diretores brasileiros poderiam ampliar um pouco os horizontes nesse sentido, o que não quer dizer que a temática não deva ser abordada, até mesmo porque esse tipo filme levanta questões sobre as quais a maioria dificilmente pára para refletir.

No entanto, ao contrário de alguns filmes desse gênero, Tropa de Elite não tem final feliz. Não passa nem perto disso. Não tem mocinho pra salvar a pátria.Todos são culpados. Da polícia corrupta ao moleque de classe média viciado em drogas que financia o tráfico, ninguém saí incólume. E isso só aumenta a sensação de impunidade.

Vale muito o ingresso. Assistir em casa com DVD de camelô não pode ser tão legal.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O mal do século?

O trabalho que não deu certo? “Ai! Tô estressado.” Teve uma briguinha com o namorado? “Ai! Tô estressada.” Sua mãe te sufoca e te liga a cada 10 minutos? “Que estresse” Ultimamente, todos se dizem estressados por um motivo ou por outro, mas poucos sabem o que é estar estressado pra valer. E acho que é por isso, quando alguém se diz estressado de verdade, as pessoas não levam muito a sério, dizem que é frescura etc.

O estresse está ligado ao aparecimento de reações fisiológicas desencadeadas por diferentes tipos de situações que enfrentamos, traumáticas ou não, que exigem adaptações. Essas respostas, quando exageradas, podem levar a um desequilíbrio geral no organismo. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, mas em geral, o estresse causa: dores de cabeça, indigestão, dores musculares, insônia, taquicardia, alergias, insônia, queda de cabelo, mudança de apetite, gastrite, dermatoses, esgotamento físico, apatia, memória fraca, tiques nervosos, isolamento e introspecção, sentimentos de perseguição, desmotivação, autoritarismo, irritablilidade, emotividade acentuada, ansiedade, entre outras coisas.

Descobri que estava estressada há um bom tempo. Tinha vários desses sintomas da listinha, mas não sabia que era estresse, ou não os associava ao estresse. O término do meu relacionamento de um ano agravou o quadro. Foi como válvula de escape. Tudo veio à tona de repente. Coisas que me incomodavam um pouquinho, passaram a me incomodar muito mais. Uma potencialização de sentimentos assustadora.

No meu caso, eu fiquei desequilibrada, na essência da palavra. Parecia que o meu corpo tinha saído do eixo. Me sentia como se tivesse andando numa corda bamba após tomar umas 2 taças de vinho. Era uma tontura chata, que me deixava ainda mais nervosa, por me tornar inútil. Perdi uma semana inteira de aulas na faculdade e duas provas por não poder dirigir muito.

Não é a primeira vez que isso acontece comigo. Já tive um quadro agudo de estresse quando estava no meu outro emprego e os sintomas foram basicamente os mesmos. Suspeitaram de labirintite, me deram doses e doses de dramin na veia e nada adiantou. Fiz audiometria pra ver se meus ouvidos estavam normais. Tudo okay. Fiz também o otoneurológico, que detecta labirintite. Deu negativo. O engraçado que eu só melhorei quando comecei a tomar medicamento para labirintite...vai entender.

Dessa vez foi a mesma coisa. Não cheguei a repetir os exames, nem nada. A médica que me atendeu ficou meio confusa. Não sabia o que poderia estar causando aquela tontura e tal, até eu relatar o que aconteceu comigo da outra vez. Então ela me prescreveu Vertix de novo. E só assim pra tontura ir embora. Talvez tenha um efeito meio “emplastro”. A mente tem dessas coisas.

Pelo menos agora eu sei que não preciso lidar com isso sozinha. Logicamente que a ajuda tem um preço. Preço bem alto, pra falar a verdade, mas é um investimento que eu sei que vai dar resultado.

P.S.: O The Verve voltou e só eu que não sabia?!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Dos pequenos prazeres

Escrever sobre nada específico, apenas escrever. Conversar com meus amigos em um boteco até altas horas enquanto bebo suco de polpa de abacaxi bem gelado. Sair pela cidade em busca de cenas fotogênicas. Ouvir música no carro com os vidros escancarados.Correr e gritar muito enquanto isso. Dirigir sem rumo. Tomar banho antes de dormir. Falar ao telefone com alguém divertido por horas.Dar muita risada. Falar besteira de graça. Jogar conversa fora. Ficar na banheira até os dedos ficarem enrrugados. Comer Twix derretido. Visitar amigos de sopetão. Dormir ao som do barulhinho da chuva batendo na janela. Dançar jazz pela casa quando estou sozinha. Ler até de madrugada. Tirar os sapatos no fim do dia. Ficar de pijama o dia todo no domingo.Chorar e rir ao mesmo tempo. Cortar o cabelo depois de 4 meses sem fazer isso. Andar pela Paulista sem ter um lugar pra ir. Passar horas na Fnac só namorando os livros, CDs, DVDs e aparatos eletrônicos e não comprar nada. Ver filmes que fazem pensar. Debater sobre esses filmes depois de sair da sala de projeção tomando chocolate quente. Deitar nos bancos do bosque da Metodista e ficar olhando as árvores. Olhar para o céu deitada no chão. Descer morrinhos com papelão. Xingar com os palavrões mais escrabosos alguém que fez algo de errado. Usar pijama de flanela no frio. Abraçar bem forte. Ouvir as histórias das velhinhas que me abordam no ponto de ônibus.